Como argentino, vejo naturalmente paralelos entre a motosserra e os cortes orçamentários que o nosso presidente aplicou aqui para construir confiança. Gosto disso. Isso nos força a mudar nosso paradigma mental. Acho que a mudança é tangível, ou pelo menos posso sentir um efeito de ajuste e realinhamento estratégico: Scroll pausando o DAO, muitas pessoas deixando a Optimism. A Scroll apostou fortemente nas bases. A Optimism construiu sua narrativa em torno de bens públicos. Todos nós agimos de boa fé e replicamos essa narrativa, mas isso nos levou a experimentos estéreis. Ao mesmo tempo, outras L1s, uma vez zombadas pelos ETH Maxis, ganharam terreno e forjaram alianças tanto no setor público quanto no privado. Enquanto organizava o 4º ETH Latam, comecei a pensar sobre o que estamos deixando para trás no Brasil para 2026 em relação aos parceiros e aliados para continuar trabalhando no país. Dois dias atrás, durante um jantar com alguns construtores OG colombianos em São Paulo, perguntei o que eles achavam que a Devcon VI havia deixado no ecossistema de Bogotá. Depois de se olharem e pensarem momentaneamente, a resposta deles foi: talvez uma ou duas empresas tenham crescido. Não tive muito tempo este ano para estudar isso profundamente, mas em uma chamada com a comunidade turca, refletimos sobre a Devconnect Istambul. Não conheço nenhum construtor tailandês, mas perguntar o que a Devcon SEA deixou para trás seria interessante. Veremos se, em um ano, a narrativa do BAO (Bring Argentina Onchain) pode ir além do nicho e alcançar os tomadores de decisão. Mas acho que todos nós precisamos refletir sobre a intencionalidade por trás dos eventos.